O artigo de Terry Date no Eagle Tribune datado de 20 Fevereiro de 2008 afigura-se assumir por estes dias ainda maior pertinência. No essencial o artigo evidencia que à medida que nos EUA os problemas económico-financeiros se vão acentuando a utilização de bibliotecas públicas tem aumentado significativamente. Aliás, o autor expressa que um dos primeiros sinais de que a economia está em queda pode ser constatado no maior movimento nas bibliotecas públicas.
As pessoas utilizam mais os serviços à sua disposição nas Bibliotecas Públicas como é caso da Internet: para pouparem na conta de casa, para procurarem emprego, para colocarem os seus curriculos online. Em geral, o caso do desemprego significa corte no serviço rápido da internet, ou mesmo da Internet. Mas não é só no serviço de internet que se verifica um acréscimo de utilizadores.
Na Kelley Library em Salem (Massachusetts) o empréstimo de livros e de CDs aumentou 11% em 2007 (de 9.618 para 10.642), a adesão de crianças à actividades como a "Hora do Conto" e afins aumentou em 15%, e o empréstimo interbibliotecário subiu mais de 24%. No geral, o número de utilizadores da biblioteca subiu mais de 11% no ano (de 6.341 para 7.041 utilizadores). Ou seja, quase 15% da população urbana de Salem Na Nesmith Library, em Windham (New Hampshire) o empréstimo de livros, DVDs, CDs aumentou de 111.480 em 2001 para 181.349 em 2007. Por sua vez, a biblioteca pública de Mobile, Alabama, regista recentemente uma circulação de 1 800 mil livros por ano, ao passo que em anos não muito longínquos pouco passava o 1 milhão.
Com o aumento dos utilizadores, as bibliotecas públicas dos EUA vêem os seus orçamentos aumentarem e fazem mais gastos na aquisição de computadores e de acervo documental. Por vezes não obtém os fundos necessários e os seus profissionais (gestores, bibliotecários, técnicos, informáticos, etc) são obrigados a fazer uma "ginástica orçamental" para dar a melhor resposta a todos as situações. O número de empregos para bibliotecários, técnicos e informáticos também tem aumentado significativamente.
Este aumento na utilização de bibliotecas públicas nos EUA é transversal e tanto atinge grandes como pequenas cidades, do litoral ou do interior, do sul ou do norte, da costa leste como da oeste. E parece que vai durar ainda um tempo substancial. Mas pelo menos temos agora no governo americano um Barack Obama e não um Bush ou um McCain!
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Caro amigo e colega Fernando
é com muito agrado e prazer que revejo o teu regresso a este blogue expecional,
boas postagens,abraço
José Pedro Silva